Utilização da música como ferramenta de enriquecimento auditivo

Investigadores quiseram avaliar de forma científica o efeito de duas peças musicais criadas especialmente para gatos. Os animais avaliados tinham  diferentes idades, sexos e viviam com os seus tutores.

Os investigadores pensavam que frequências específicas acima ou abaixo do alcance de comunicação vocal de uma determinada espécie provavelmente não provocariam respostas emocionais dos animais dessa espécie. Por isso, criaram música com uma frequência de 1.34 kHz que se associa a comportamentos positivos e é apropriada para gatos; e outra com frequências abaixo do alcance vocal normal dos gatos de 55 a 200 Hz, excluindo as frequências de uivos de gato e miados de frustração. A música não continha sons que imitassem vocalizações.

O objetivo foi saber se os gatos mostravam alguna diferença ao estar expostos a esta música versus música para humanos.

Os resultados demonstraram que os felinos mostram maior interesse pela música criada para eles.

O enriquecimento deve conter características que sejam perceptíveis para a espéciee, além disso, os investigadores concluíram que os tutores devem estar conscientes de como as diferentes características acústicas podem afectar o estado emocional dos ouvintes. Por isso devem escolher música cuidadosamente para que coincida com os objetivos de enriquecimento. Não é simplesmente ligar um rádio ou tocar música clássica num laboratório ou gatil e assumir que se estão a satisfazer as necessidades de enriquecimento acústico. O enriquecimento auditivo deve ser adequado à espécie e aos objetivos de enriquecimento.

Peças musicais utilizadas:

Cozmo’s Air

Rusty’s Ballad